Dentre os oito classificados às quartas de final do Paulistão, o São Paulotem a pior campanha. O Tricolor somou 15 pontos em 12 jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas, e ficou na segunda colocação do Grupo D, atrás do Ituano, adversário do time na próxima fase. Veja abaixo as outras campanhas:
• RB Brasil: 27 pontos
• Palmeiras: 25 pontos
• Santos: 23 pontos
• Corinthians: 21 pontos
• Novorizontino: 20 pontos
• Ferroviária: 18 pontos
• Ituano: 17 pontos
O discurso de comissão técnica, diretoria e elenco está alinhado: a fase eliminatória do Paulistão é um torneio à parte e pode ser a chance de o São Paulo recuperar o crédito com o torcedor, irritado com os maus resultados da temporada - eliminação precoce na Libertadores e fraco estadual.
Mas há pontos importantes que precisam ser ajustados para que o São Paulo passe pelo Ituano e chegue fortalecido a uma eventual semifinal e, quem sabe, uma hipotética decisão.
Veja abaixo os pontos que o Tricolor precisa mudar:
O retorno da confiança
O técnico interino do São Paulo, Vagner Mancini, foi muito claro depois do empate por 1 a 1 com o rebaixado São Caetano: não espera evolução técnica do Tricolor, mas sim uma confiança maior.
- Diferente em termos de treinamento, opção tática e melhora da parte técnica, acho muito difícil. Não vou mentir aqui. Acho que a melhora significativa tem que partir da confiança do atleta, saber que estamos decidindo a vaga diante do Ituano, em um jogo de 180 minutos.
- Eu, sinceramente, quero encontrar um fato novo para dar uma cara diferente ao time. Mostrar para o torcedor a confiança, que esse mesmo torcedor que está chateado jogue com a equipe e que dessa forma possamos construir uma segunda fase rumo a uma semifinal e final diferentes.
Solução na armação
Hernanes e Nenê, principais armadores do São Paulo, estão machucados e dificilmente estarão em condições de reforçar o time nas quartas de final. Contra o São Caetano, Vagner Mancini apostou na escalação do jovem Igor Gomes, formado nas categorias de base do Tricolor.
O garoto foi bem, mas, para o mata-mata, talvez, Mancini tenha de pensar em outra alternativa para estar disponível caso a joia da base vá mal ou não consiga encaixar o jogo.
Poder de decisão
O São Paulo tem encontrado muita dificuldade em decidir as partidas. Tanto que das 14 partidas oficiais do Tricolor na temporada, apenas em quatro o time saiu vitorioso.
Falta pontaria, sim, mas também falta tranquilidade para os jogadores na cara do gol. Depois do empate com o São Caetano, Reinaldo sugeriu mais chutes de longa distância.
- Hoje, de novo, acertaram um chute bonito de fora da área (contra o São Paulo - já tinha sido assim na derrota para o Palmeiras). Precisamos arriscar também para uma hora começar a entrar - disse.
Morumbi
Até agora, o São Paulo fez apenas dois jogos no Morumbi nesta temporada: empates por 0 a 0 com o Talleres, pela Libertadores, e com o RB Brasil, pelo Paulistão.
Todos os outros jogos como mandante tiveram o Pacaembu como palco. Primeiro pela reforma em alguns pontos do estádio e depois por causa da enchente.
Diretoria, comissão técnica e jogadores entendem que o Morumbi tem feito falta ao time. Mas, para o primeiro duelo contra o Ituano, a tendência é que o jogo seja realizado na casa do Tricolor.
Falta de velocidade
Saiu André Jardine e entrou o interino Vagner Mancini, mas o São Paulo ainda não conseguiu ser o time veloz a que se propôs no papel. Está longe disso.
No mata-mata, porém, Mancini precisará encontrar uma alternativa para fazer o time ser eficiente na hora que criar jogadas com velocidade.
Os números, aliás, não apontam evolução de Jardine para Mancini. Pelo contrário. Cada um comandou o Tricolor em seis partidas nessa fase de classificação do estadual:
• André Jardine: três vitórias e três derrotas.
• Vagner Mancini: uma vitória, três empates e duas derrotas.
|