TRIÂNGULO E ALTO PARANAÍBA
Hospitais privados de Uberlândia começam a realizar cirurgias cardíacas pelo SUS
Procedimentos serão feitos a partir da próxima semana. Prefeitura divulgou, nesta quinta-feira (22) detalhes do mutirão para diminuir a fila de espera.
Os detalhes da parceria entre a Prefeitura de Uberlândia e os hospitais particulares da cidade para a realização de cirurgias cardíacas foram divulgados nesta quinta-feira (22). A previsão, segundo o Município, é de que os pacientes comecem a realizar os procedimentos a partir da próxima semana.

No final de julho deste ano, um acordo entre hospitais privados de Uberlândia e o Ministério Público Federal (MPF) decidiu pela realização de 20 intervenções por mês.

Durante coletiva realizada na tarde desta quinta, o assessor técnico da Secretaria Municipal de Saúde, Clauber Lourenço, revelou que cinco hospitais particulares da cidade - Santa Marta, Santa Clara, Santa Genoveva, MadreCor e Uberlândia Medical Center (UMC) - se comprometeram a realizar uma cirurgia por semana.

Segundo o MPF, em janeiro deste ano, 259 pessoas aguardavam a realização dos procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS),alguns deles com prioridade de risco vermelha, ou seja, quadros clínicos graves, que exigem urgência no atendimento.

De acordo com Glauber, dois pacientes vão passar por cirurgia imediatamente, por se tratar de quadros de maior gravidade. Em todos os casos, garante o assessor, os valores serão depositados de forma antecipada aos procedimentos, conforme a determinação judicial.

“Não é uma ação do Município. Foram chamados os hospitais que se interessavam em realizar os procedimentos. Todos se comprometeram a realizar as cirurgias e que têm as condições técnicas para tais procedimentos”, explicou o assessor.

O cálculo aproximado para cada procedimento é de aproximadamente R$ 35 mil. Mantendo-se esse valor médio, será possível realizar as cirurgias em até 40 pacientes.

Durante a coletiva, o assessor técnico explicou que R$ 175 mil estão bloqueados para a realização de procedimentos de cateterismo e angioplastia no Hospital Santa Marta, que se comprometeu a realizar esses dois procedimentos, iniciando pelos casos mais graves, pelo valor da tabela SUS.

Entenda

No início de junho, o MPF em Uberlândia ingressou com ação civilpública contra a União, o Estado de Minas Gerais e o Município de Uberlândia para que agilizassem a realização de cirurgias cardíacas pelo SUS para pacientes que estão na fila de espera do Município.

O objetivo da parceria é agilizar o atendimento de pacientes que aguardam há meses em filas de espera. Segundo o MPF, em janeiro deste ano, 259 pessoas aguardavam a realização dos procedimentos pelo SUS, alguns deles com prioridade de risco vermelha, ou seja, quadros clínicos graves, que exigem urgência no atendimento.

Conforme divulgado pelo G1, também no dia 18 de julho, representantes da Prefeitura, Estado, Governo Federal e hospitais particulares de Uberlândia realizaram uma audiência pública para tratar sobre o problema das cirurgias cardíacas em Uberlândia.

Durante a audiência, os representantes dos hospitais particulares informaram que o custo médio individual de cada procedimento cirúrgico é de R$ 35 mil.

Como não houve acordo, a Justiça Federal determinou então o bloqueio imediato de R$ 1,4 milhão nas contas do governo estadual, para viabilizar o atendimento aos pacientes.

À época, o governo estadual se posicionou: "O Estado apresenta sua indignação contra o bloqueio unicamente nas contas do governo estadual, uma vez que o custeio das cirurgias cardiológicas é feito com os recursos do teto MAC do município, cuja atribuição financeira é da União. Se os recursos têm sido insuficientes para o custeio dos procedimentos cardiológicos, a solução adequada e legal é o aumento do teto MAC do município”.

HC-UFU

Além da indefinição do projeto, a rede pública local também sofre com a estrutura precária para a realização de procedimentos cardíacos.

A reportagem do MG1 apurou que no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) o aparelho que faz procedimentos de cateterismo e angioplastia estaria quebrado.

Sobre isso, a unidade informou, por meio da assessoria de comunicação, que tem dois aparelhos. Um está em funcionamento e outro em manutenção. O hospital não deu previsão de quando o equipamento que está fora de atividade voltará a funcionar.

23/08/2019
Fonte: G1 Triângulo e Alto Paranaíba
 
PUBLICIDADE
Jornal Regionall de Perdizes - www.jornallregionall.com.br - Todos os direitos reservados - 2017