O Grêmio fez o terceiro gol da vitória sobre o Barcelona-EQU, na noite de quarta-feira, minutos antes de Luan completar o cruzamento rasteiro de Edílson. Foi quando Marcelo Grohe esticou o punho além do próprio alcance e defendeu um chute à queima-roupa de Ariel, em uma defesa a qual o goleiro considerou "das mais bonitas da carreira". E que despertou comparações com a do inglês Gordon Banks diante do Rei Pelé.
O relógio marcava três minutos do segundo tempo do primeiro jogo da semifinal da Libertadores. O Barcelona tinha a desvantagem de 2 a 0 no placar e foi para o tudo ou nada. Da ponta direita, a bola veio alta na defesa gremista. Díaz conseguiu o desvio de cabeça. O ex-colorado Ariel Nahuelpán deu um passo à frente, pronto para fuzilar a rede. E assim o fez. No entanto, surgiu o punho direito salvador de Marcelo Grohe, como se seu braço direito tivesse aumentado alguns centímetros naquela fração de segundos.
Grohe ou Banks: qual a defesa mais bonita?
– Foi muito rápido. A bola passou por todo mundo. Vi o Ariel sozinho no segundo pau se armando para fazer o chute. Fiz a leitura de me jogar. Consegui esticar o braço, e a bola, graças a Deus, tocou nele. Na hora, a gente pensa em milésimo de segundo para definir o que fazer. O que tinha para fazer era me atirar – contou o goleiro.
Naquele momento, foi como se o mundo desabasse para os torcedores do Barcelona. Incrédulos, os equatorianos colocaram as mãos na cabeça, quase como se tivessem combinado o gesto. A frente da pequena área, Ariel se desesperava com o tento perdido.
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