triângulo e alto paranaíba
Garoto troca basquete pelo vôlei e ganha "empurrão" do campeão Maurício Souza
Central da seleção brasileira e do Campinas ressalta coincidências entre o início dele e de Lucão, 18 anos, o indica para o vôlei masculino de Uberlândia, e garante: "Vejo um futuro ótimo para esse garoto"
Lucas Gabriel de Souza tem 18 anos, deu o primeiro passo no esporte quando tinha 14 e chamou a atenção pela estatura. Começou de forma considerada tardia, mas ainda teve tempo de mudar de esporte: deixou de usar os seus 2,07 metros no basquete para ingressar no vôlei. Não por um acaso, um dos responsáveis por dar aquele empurrão na carreira de Lucão tem uma história parecida: começou no vôlei aos 14 anos e chamou a atenção pela estatura. Campeão olímpico, Maurício Souza recebeu o garoto no projeto dele em Iturama, no interior de Minas, viu potencial, o indicou para a Academia do Vôlei, projeto de vôlei masculino em Uberlândia, e profetiza: "Vejo um futuro ótimo para esse garoto".

Quando morava em Juara, no Mato Grosso, Lucão chamou a atenção pela altura durante uma festa e foi convidado por um professor de basquete a praticar o esporte. Aceitou o convite e chegou a disputar o campeonato estadual de categorias de base em Mato Grosso, ficando em terceiro lugar no torneio.

No início deste ano, o atleta de 18 anos se mudou para o distrito de Honorópolis, em Minas Gerais, e passou a ir todos os dias para o município de Iturama, terra natal do campeão olímpico, para jogar nas categorias de base do Projeto Maurício Vôlei. Lá, foi treinado e incentivado pelo mesmo professor que descobriu o jogador da seleção brasileira: Wigne Silva Costa.

– Eu fazia parte da equipe de basquete da cidade onde morava com minha mãe. Fui morar com o meu pai em Minas Gerais e, para não ficar parado, comecei a treinar no voleibol em Iturama. Conheci o Maurício e ele me deu um super apoio. Me incentivou a jogar e acabou me indicando para o Manoel [Honorato, treinador em Uberlândia] – contou Lucão.

O central está há cerca de dois meses em Uberlândia e, por enquanto, disputa campeonatos com a equipe infanto-juvenil do projeto. Mas o incentivo de um campeão olímpico e do ex-treinador levaram o jovem a querer muito mais do vôlei e correr atrás do tempo perdido. O atleta da seleção e do Campinas pensa que as coincidências entre eles – altura, começo tardio e posição em quadra –, além da força de vontade e dedicação reservam um grande futuro para Lucão no vôlei.

– A primeira coisa que me chamou a atenção nele foi o tamanho e o biotipo favorável ao voleibol. Me vejo muito nesse garoto, uma força de vontade e dedicação imensa. A magreza também faz parte do pacote, eu era só o pó da gaita [risos]. Vejo um futuro ótimo para esse garoto e torço demais por isso. Espero que ele seja melhor que o Maurício Souza e faça história fazendo o que ele ama, que é jogar vôlei – comentou o campeão olímpico.

Uma aposta inteligente

O empurrãozinho de Maurício motivou o treinador Manoel Honorato a dar uma chance para Lucão. Durante um jogo da equipe de base do projeto uberlandense, em Iturama, Manoel teve a oportunidade de conhecer o jogador e oficializou o convite para participar de um teste. Apesar da idade avançada para iniciar a carreira no esporte, o que o jovem atleta mostrou em quadra encheu os olhos do professor.
30/10/2017
Fonte: Caroline Aleixo, Uberlândia, MG
 
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